Eu assisti: Victor Frankenstein
- Talita Facchini
- 28 de nov. de 2015
- 3 min de leitura
Queria assistir esse filme por dois motivos: Daniel Radcliffe e James McAvoy e posso dizer que só pelos dois já valeu a pena ter trocado Jogos Vorazes: A esperança - O final por Victor Frankenstein.

A história de Frankenstein é bem antiga e foi publicada pela primeira vez em 1818, a diferença dessa nova versão é que ela é contada pela visão de Igor (ajudante de Victor que não vem da história original e é interpretado por Daniel Radcliffe), além de ter vários elementos que não fazem parte da história original.
Como disse, só por Daniel e James (Professor Xavier) estarem no filme já paga o ingresso hahah (que by the way tá 30 conto pra quem não pode pagar meia entrada, meu caso). Igor é um palhaço corcunda que nas horas vagas estuda anatomia e é muito triste ver como as pessoas do circo o maltratam. Já Victor é um estudante de medicina obcecado pela ideia de criar vida, e durante uma de suas buscas por partes do corpo de animais mortos ele encontra Igor e descobre que o jovem palhaço pode ser um ótimo ajudante.
Depois de Victor tirar Igor do circo, curá-lo e lhe dar casa, comida e roupa lavada, os dois começam a dar andamento ao projeto do Dr. Frankenstein, que até então é desconhecido pelo ajudante. É interessante ver a relação que se cria entre os dois, não chega a ser uma amizade verdadeira e sim algo mais como "criador" e "criatura", como se Igor não pudesse deixar nunca Victor sozinho por lhe dever sua liberdade do circo.
O filme tem toda uma fotografia escura e sombria e câmeras mais lentas mostrando a anatomia humana e animal por dentro, algo que acaba facilitando um pouco nosso entendimento sobre o que eles estão falando, principalmente quando Lorelei (affair de Igor) precisa de seus conhecimentos anatômicos. hahah
É impossivel ver qualquer história sobre Frankenstein e não pensar sobre a lógica de se fazer algo tão absurdo e isso é discutido no filme, não profundamente, mas há alguns diálogos que nos fazem questionar sobre a vida e a morte e o porquê de tudo isso. No meu caso, senti muita dó (e nojinho) quando Victor e Igor apresentam Gordon, um chipamzé, primeiro experimento deles, primeiro porque a "criatura" não tem pensamentos nem racíocinio lógico e segundo porque é um monte de carne meio podre costurada que volta a se mexer (bem assustador) e que não pediu pra nada daquilo acontecer.

Enfim, após a apresentação falha do chipamzé Gordon, Victor mesmo assim consegue um patrocínio para finalmente criar um humano e lhe dar vida. Chamado de Prometeu, o "homem" com dois pares de pulmões e dois corações é guardado para o final do longa, tudo para dar aquela emoção final e até que funciona, porque ficamos na expectativa de saber o que vai acontecer com a tal criatura.
Vale lembrar que fazem parte da história o detetive Turpin, interpretado por Andrew Scott, que persegue loucamente Frankenstein e Igor até ficar obcecado demais pelo caso. Parte dele os pensamentos sobre a finalidade, ética e crença e do quão insano é alguém se achar capaz de criar vida e ficar caçando parte de corpos por ai, eww, mas achei que a atuação de Andrew deixou a desejar, não fez muita diferença não. E tem também Lorelei, a trapezista que também acaba deixando o circo e é o grande amor de Igor, muito fofas as cenas dos dois juntos.
Por fim, é bem interessante ver a história contada pela visão do ajudante Igor e a mudança de temperamento do Dr. Frankenstein durante o longa, que começa calmo e amigável e se transforma num louco insano que não dá ouvidos a ninguém. Só achei que os conflitos familiares de Victor e a história sobre seu irmão mereciam um destaque maior, mas ok né..
Victor Frankenstein é o tipo de filme que daqui há alguns anos vai passar na Tela Quente, mas que vale a pena assistir, é uma versão diferente da história que todos conhecemos, com o bônus de alguns ótimos atores em cena e a tecnologia dos cinemas de hoje em dia. Nota... 7.
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